Nesta terça-feira (6), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu tornar Ramiro Alves da Rocha Cruz Junior réu por acusação de convocar pessoas para participar de atos em Brasília em 8 de janeiro de 2023.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o acusado, conhecido como “Ramiro dos Caminhoneiros”, ao Supremo. A PF descobriu durante as investigações que o investigado era “intenso incentivador e organizador das manifestações”.
Até agora, três dos cinco ministros do colegiado votaram a favor de receber a denúncia da PGR contra Ramiro. Além do relator, Alexandre de Moraes, os ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia também fizeram declarações similares.
O julgamento ocorre em plenário virtual, com os ministros votando no sistema eletrônico da Corte. Não há deliberação presencial. Na sexta-feira (9), o julgamento terminará. Os ministros Luiz Fux e Cristiano Zanin não tiveram seus votos.
Se a denúncia for confirmada no final do julgamento, Ramiro será considerado réu e será responsabilizado por associação criminosa armada, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
A defesa afirmou em uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal que Ramiro Alves não arregimentou pessoas para invadir órgãos públicos e que “sequer estava em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023”.
“Ramiro Alves da Rocha não organizou, não financiou e muito menos executou os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023”, afirmou a defesa.