O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi novamente condenado à inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em uma decisão que contou com 5 votos a favor e 2 contra, nesta terça-feira (31). Nesse julgamento, o ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que integrou a chapa de Bolsonaro como vice nas eleições presidenciais do ano passado, também teve seus atos avaliados pela Corte. Ambos enfrentam acusações de abuso de poder político e econômico devido aos eventos ocorridos durante as comemorações do bicentenário da Independência, em 7 de Setembro de 2022, que aconteceram em meio à campanha eleitoral.
As ações foram movidas pelo PDT e pela senadora Soraya Thronicke (Podemos), que alegaram condutas proibidas envolvendo agentes públicos durante o período eleitoral do ano passado. O ministro Ramos Tavares, ao justificar seu voto a favor da inelegibilidade de Bolsonaro e Braga Netto, argumentou que o tribunal encontrou elementos que comprovaram que o presidente, candidato à reeleição na época, incentivou a associação entre sua campanha e o evento cívico-militar. A ministra Cármen Lúcia ressaltou que as candidaturas à reeleição em uma República enfrentam desafios que exigem responsabilidade e integridade.
Em contrapartida, o ministro Nunes Marques, ao votar contra a condenação por inelegibilidade de Bolsonaro e Braga Netto, argumentou que os discursos públicos do ex-presidente sempre foram marcados pelo patriotismo e que a participação de Bolsonaro nos eventos de 7 de Setembro não justificaria sua inelegibilidade, assim como a do ex-ministro. O ministro Benedito Gonçalves, relator do processo, havia votado anteriormente apenas pela inelegibilidade de Bolsonaro, mas acabou mudando seu voto durante a votação final, condenando também Braga Netto.
Fonte: Jovem Pan