Questões de saúde mental têm sido um desafio para 46,43% dos liderados e 38,05% dos líderes. Nesses grupos estão profissionais que receberam diagnóstico médico de estresse, burnout ou ansiedade, além daqueles que não passaram por avaliação clínica, mas se sentem emocionalmente abalados. Os dados integram a 5ª Edição do Estudo Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho, mapeando a percepção de 387 líderes e 387 liderados com nível superior completo, idade igual ou superior a 25 anos e de diferentes regiões do Brasil.
A pesquisa mapeou, ainda, que 18,20% dos líderes e 21,43% dos liderados estejam fazendo uso de alguma medicação psicofarmacológica, principalmente para aumentar a produtividade, aliviar sintomas de ansiedade ou dormir melhor.
Vale destacar que 50,30% dos liderados consideram que a própria saúde mental é negativamente impactada pela maneira como a cobrança por produtividade acontece na empresa. E quando questionados sobre as três habilidades mais importantes para contornar situações de medo e estresse no trabalho, líderes e liderados elencaram as mesmas soft skills, inclusive com igualdade na ordem de prioridade: inteligência emocional; adaptabilidade e flexibilidade; e capacidade de comunicação eficaz.
No quesito “conexão entre líderes e liderados”, 94,17% dos gestores relatam adotar práticas para se conectar com a equipe, como, por exemplo, conversas informais sobre questões pessoais e profissionais (resposta de 72,33% dos gestores na questão de múltipla escolha), feedbacks frequentes e construtivos (60,19%) e a adoção de um ambiente aberto para que os colaboradores expressem suas preocupações sem medo de retaliação (59,47%). Uma parte dos liderados (35,71%), porém, não sente que tem proximidade com seus líderes diretos e alguns destes (18,45%) revelam sentir que isso afeta negativamente o desempenho, a motivação e o engajamento no trabalho.
Ao serem questionados sobre assédio moral, 35,12% dos liderados revelaram já terem se sentido moralmente assediados de diversas formas, enquanto 18,20% dos líderes admitiram que, em algum momento da carreira como gestor, já praticaram assédio moral, com ou sem intenção.