O Lush Prize 2024, uma honraria britânica que incentiva iniciativas para acabar com o uso de animais em testes, selecionou a farmacêutica brasileira Lauren Dalat de Sousa Coelho para ser uma das jovens pesquisadoras selecionadas. Ela receberá £10 mil, ou cerca de R$69 mil, como prêmio.
O projeto da mestranda da Universidade Federal de Goiás (UFG) usa células-tronco de dentes humanos para desenvolver um modelo para testar a teratogenicidade (a presença de substâncias que podem causar malformações em bebês) de cosméticos, segundo o Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF-SE).O prêmio enfatiza que este modelo é essencial porque atualmente não existem métodos in vitro (que analisa células fora do contexto do organismo) disponíveis para avaliar a teratogenicidade de produtos cosméticos disponíveis no Brasil.
O uso de animais vertebrados em testes de cosméticos é proibido no Brasil, de acordo com a organização do prêmio. Isso ocorre porque os ingredientes já possuem evidências científicas de sua eficácia e segurança. No entanto, é permitido em situações em que não há outras opções de testes. A avaliação da toxicidade reprodutiva é principalmente feita usando animais, com um teste exigindo milhares de animais.