Febre oropouche: Saúde faz alerta gestantes para risco de microcefalia

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(foto: Lauren Bishop/CDC/Divulgação)

O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre os perigos da febre oropouche para gestantes. A decisão foi tomada após o Instituto Evandro Chagas (IEC) encontrar anticorpos do vírus em quatro casos de microcefalia em recém-nascidos e um aborto.

Os casos indicam uma possibilidade de transmissão vertical, ou seja, o vírus pode passar da mãe para o bebê durante a gestação. O ministério observa, no entanto, que ainda não é possível provar a conexão entre a infecção com o óbito e as malformações neurológicas.

“Significa que o vírus é passado da gestante para o feto, mas não é possível afirmar que haja relação entre a infecção e o óbito e as malformações neurológicas”, considera a pasta em nota divulgada na quinta-feira (11/7).

O Ministério da Saúde pede aos estados e municípios que intensifiquem a vigilância contra a transmissão vertical do vírus Oropouche, particularmente nos meses finais da gestação. O ministério também recomenda que as mulheres que tenham bebês infectados com dengue, zika, chikungunya ou febre Oropouche sejam monitoradas.

Além disso, as autoridades de saúde devem alertar a população sobre maneiras de proteger as gestantes, como evitar locais onde há mosquitos e maruim, colocar telas em janelas e portas, usar roupas que cobrem todo o corpo e aplicar repelente.

O vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), que é transmitido pelo mosquito Culicoides paraenses, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é responsável pela febre oropouche.

Os sintomas da infecção viral são muito semelhantes aos da dengue e da chikungunya, o que pode dificultar o diagnóstico. Os pacientes geralmente relatam dor de cabeça, febre, incomodidade, cansaço, dores nos músculos e nas articulações, náusea e diarreia.

Entre janeiro e a primeira semana de julho deste ano, pelo menos 7.044 casos da febre do oropouche foram registrados no Brasil.

Os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins tiveram suas homologações confirmadas.

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