A ByteDance, proprietária do TikTok, estaria planejando criar um modelo de inteligência artificial que seria principalmente alimentado por chips da Huawei. Esta seria uma alternativa para driblar as restrições impostas pelos Estados Unidos.
Desde que a Casa Branca limitou as exportações de tecnologias avançadas para a China, a ByteDance diversificou seus fornecedores de chips e intensificou o desenvolvimento de tecnologias próprias. Depois de um período de avaliação, parece que a companhia optou pelo chip Ascend 910B, fabricado pela Huawei, para treinar seu novo modelo de Inteligência Artificial.
A gigante chinesa já emprega o chip em outras atividades que envolvem modelos de inteligência artificial previamente capacitados. Contudo, é o processo de capacitação da tecnologia que demanda um volume maior de dados e um rendimento superior à média.
De acordo com a Reuters, o plano da ByteDance seria mantido em segredo, pois iria contra os interesses dos Estados Unidos, que não poupam esforços para impedir o progresso tecnológico das empresas chinesas.
A controladora do TikTok negou publicamente a informação. Michael Hughes, porta-voz da empresa, afirmou que não está em desenvolvimento nenhum novo modelo de Inteligência Artificial. Por outro lado, a Huawei não emitiu uma declaração oficial sobre o tema.
Disputa pela hegemonia tecnológica mundial
- Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
- O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
- Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
- Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.