A missão que levará a primeira rede celular 4G à Lua está programada para decolar no final de fevereiro, no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, de acordo com a empresa de exploração espacial Intuitive Machines. O projeto foi desenvolvido pela Nokia, contratada pela NASA em 2020 para fornecer a tecnologia.
A rede 4G, que usa a mesma tecnologia LTE que conhecemos na Terra, tem como objetivo melhorar a capacidade de transferência de dados e resolver problemas de interferência nas comunicações via rádio, que são utilizadas nas missões espaciais há décadas. A maioria dos componentes da rede foi instalada em uma caixa para proteção.
Esta caixa será acoplada a um dos painéis do módulo lunar Athena e terá a responsabilidade de fornecer conectividade. Ela foi projetada para resistir à radiação, temperaturas extremas e vibrações durante o lançamento e pouso da missão IM-2, sendo que a antena e a fonte de energia são os únicos componentes ausentes.
Segundo a Nokia, a rede 4G usará a antena do módulo de pouso para transmitir o sinal, possibilitando a comunicação entre os dispositivos na Lua e o envio de informações para a Terra. A eletricidade para o funcionamento da rede virá dos painéis solares da espaçonave.
Embora a conectividade 4G da Nokia seja limitada a alguns dias durante esta missão, a empresa já planeja expandir a tecnologia para futuras missões Artemis, incorporando a rede aos trajes dos astronautas.
Entretanto, a empresa enfrentará desafios devido à possibilidade de interferência com a faixa LTE nos radiotelescópios. Para essa missão inicial, a Nokia recebeu uma autorização especial, mas a implementação permanente exigirá ajustes na faixa de frequência.
A missão IM-2 tem sua janela de lançamento aberta a partir de 26 de fevereiro, segundo a NASA. A espaçonave colocará um satélite de comunicação em órbita lunar e seguirá para o polo sul da Lua, onde um rover realizará a exploração da região.
