O TikTok se prepara para lançar uma versão exclusiva do aplicativo voltada ao público dos Estados Unidos, em uma tentativa de atender às exigências impostas pela legislação norte-americana e evitar um possível banimento no país. A medida busca garantir a continuidade do acesso de milhões de usuários — muitos dos quais dependem da plataforma como fonte de renda.
A iniciativa ocorre em meio à pressão do governo dos EUA, que, sob a gestão do ex-presidente Donald Trump, tem ameaçado proibir o funcionamento do aplicativo no território americano. Recentemente, Trump voltou a adiar o bloqueio da plataforma após declarar ter encontrado um comprador interessado em assumir sua operação no país.
A nova versão do app será controlada por um consórcio com sede nos Estados Unidos, que inclui a empresa de tecnologia Oracle. A reformulação atende às diretrizes que determinam que o investimento e a administração da plataforma devem ser realizados por empresas com atuação no território americano, sob o argumento de proteger a segurança nacional — já que a companhia chinesa ByteDance, dona do TikTok, era responsável pela operação até então.
Como a App Store não permite a divisão de programas (forks), o TikTok será substituído nos servidores dos EUA por uma nova versão, identificada internamente como “M2”, em substituição à atual, chamada “M”. A empresa garante que a transição preservará a base de 170 milhões de usuários norte-americanos.
De acordo com comunicado oficial, o lançamento da nova versão está previsto para 5 de setembro. A migração para a infraestrutura baseada nos Estados Unidos será feita automaticamente durante a atualização do aplicativo.