PF investiga desvio de fundo partidário do antigo Pros

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Divulgação/PF

A Operação Fundo do Poço surgiu de uma investigação da Polícia Federal que resultou em uma denúncia feita por um ex-líder do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), que agora faz parte do Solidariedade, contra outro líder da sigla. Eurípedes Júnior, o presidente atual do Solidariedade, é o principal investigado.

A corporação informou que policiais da PF saíram às ruas nesta quarta-feira (12/6) com o objetivo de “desarticular organização criminosa responsável por desviar e se apropriar de recursos do fundo partidário e eleitoral nas eleições de 2022, destinados a um partido político”.

Aproximadamente R$ 36 milhões teriam sido desviados por ex-dirigentes da organização. Em Goiás, a corporação chegou a apreender R$ 29 mil.

Sete mandados de prisão preventiva e 45 de busca e apreensão em Goiás, em São Paulo e no Distrito Federal estão sendo cumpridos. Um deles é contra Eurípedes Júnior. Ele ainda não foi encontrado; por isso, é considerado foragido.

Outros dois tiveram os nomes confirmados e foram presos:

  • Cintia Lourenço da Silva, tesoureira do Solidariedade
  • Alessandro Sousa da Silva, conhecido como Sandro do Pros.

Trata-se de um mandado de busca e apreensão no caso do ex-deputado distrital Berinaldo da Ponte.

Além disso, o bloqueio e indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis foram concedidos à PF pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal.

Ao analisar os Relatórios de Inteligência Financeira e as prestações de contas de supostos candidatos, a PF descobriu indícios da existência de uma organização criminosa “estruturalmente ordenada”.

O grupo desviava recursos do Fundo Partidário e Eleitoral e se apropriava das verbas, “utilizando-se de candidaturas laranjas ao redor do país, de superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social (FOS) – fundação do partido”.

A lavagem de dinheiro seria feita por meio de empresas de fachada, compra de imóveis, também por laranjas, e superfaturamento de serviços prestados aos candidatos falsos e ao próprio partido.

“Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral”, completa a PF.

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