Nesta quinta-feira (13/6), a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu por unanimidade de nove juízes que as pílulas abortivas devem continuar sendo vendidas em farmácias do país. Um grupo de organizações e médicos antiaborto que pretendia impedir a venda do produto foi rejeitado pelo tribunal.
De acordo com um levantamento realizado pelo governo dos Estados Unidos em 2023, estima-se que de seis a cada dez abortos realizados nos Estados Unidos tenham sido causados por medicamentos, incluindo a mifepristona.
Os juízes da Suprema Corte decidiram que os defensores do aborto não podem processar a FDA dos Estados Unidos por permitir a comercialização de medicamentos.
“Nos termos do Artigo III da Constituição, o desejo de uma demandante de tornar uma droga menos disponível para outros não estabelece legitimidade para processar”, escreveu Brett Kavanaugh, juiz responsável por escrever a decisão.
O presidente Joe Biden disse em comunicado nesta quinta-feira (13/6) que a decisão do tribunal “não muda o fato de que a luta pela liberdade reprodutiva continua”.
Esta foi a primeiro decisão sobre direito ao aborto desde 2022, quando os juízes derrubaram o caso de Roe contra Wade, que garantia o acesso à interrupção da gravidez no país desde 1973.