Delegado é preso pela PF em operação de combate à corrupção em Humaitá

0
109
Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (21/11) a Operação Triunvirato, visando desmantelar uma organização criminosa que comercializava de forma ilícita produtos apreendidos, como madeira e cassiterita, além de pagar propinas e realizar lavagem de dinheiro na cidade de Humaitá.

A investigação desmascarou um esquema de corrupção que envolvia um Delegado de Polícia Civil, um Secretário Municipal de Infraestrutura e um advogado. Os suspeitos se valeram de suas posições privilegiadas para desviar e vender bens confiscados pela Polícia Rodoviária Federal, que eram enviados para a Delegacia de Polícia Civil em Humaitá.

Assim, naquela unidade policial, os donos dos carregamentos confiscados, por meio do advogado envolvido na operação, pagavam propinas, parte das quais era repassada ao Delegado de Polícia em investigação, com o objetivo de recuperar seus bens.

Para assegurar o êxito do plano criminoso, além de enganar o Ministério Público e a Justiça, os envolvidos simulavam o envio das apreensões para a Secretaria Municipal de Obras em Humaitá, em conluio com o titular da pasta. A investigação também detectou a comercialização ilícita de cerca de três toneladas de cassiterita, minério utilizado na fabricação de estanho, que também estavam sob a custódia da Polícia Civil.

Dentre as táticas fraudulentas, era notável o uso de empresas fantasmas para dissimular a proveniência dos valores ilícitos. O plano causou danos consideráveis ao patrimônio público e ao ambiente.

Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e 1 mandado de prisão preventiva contra o Delegado de Polícia Civil, além da ordem de confisco de bens, que somam aproximadamente R$ 10 milhões, montantes esses que foram obtidos pelos criminosos.

As operações aconteceram ao mesmo tempo em Manaus, Itacoatiara e Humaitá, com o objetivo de recolher evidências e desmantelar completamente o grupo criminoso.

Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com penas que poderão chegar a 34 anos de reclusão.

Fonte: A Crítica

Deixa uma resposta

Por favor, deixe o seu comentário:
Por favor, digite seu nome