Israel tem conduzido bombardeios contra o Irã com relativa facilidade após assumir controle do espaço aéreo iraniano. No entanto, especialistas apontam que, para atingir instalações nucleares subterrâneas como a de Fordow, o apoio dos Estados Unidos será essencial.
Autoridades israelenses admitem que não têm capacidade de eliminar completamente o programa nuclear iraniano sem a ajuda de bombardeiros estratégicos americanos, capazes de lançar munições com penetração profunda no solo.
Seis bombardeiros B-2 da Força Aérea dos EUA foram transferidos em março para a base militar de Diego Garcia, no Oceano Índico, segundo fontes ouvidas pela Reuters. O movimento ocorreu durante ofensivas americanas no Iêmen e em meio ao aumento da tensão com o Irã. Os B-2 são equipados para transportar a bomba GBU-57, de 13,6 toneladas, projetada para atingir instalações fortificadas no subsolo.
Fordow permanece operacional
A instalação de Fordow, escavada em uma montanha, segue operando e não apresentou danos visíveis após os ataques recentes, segundo o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi.
Apesar de abrigar cerca de 2 mil centrífugas, a planta responde por boa parte da produção iraniana de urânio enriquecido a até 60%. Só no último trimestre, foram produzidos 166,6 kg — quantidade suficiente, se enriquecida ainda mais, para quase quatro ogivas nucleares.
Disputa internacional
Países ocidentais acusam o Irã de usar seu programa nuclear com fins militares. Teerã nega, afirmando que o projeto tem objetivos exclusivamente civis.