Número de pedidos do setor cresceu quase 422% em dois anos, conforme uma empresa especializada em dados sobre compras virtuais
Poucos clientes nas lojas e negócios mornos no online, onde se concentra o maior número de vendas. Assim foi, nesta sexta-feira (26), a segunda Black Friday da pandemia. A data de promoções disputa com o Natal o posto de melhor período de vendas para o comércio e alimenta expectativas.
Foram mais de 6,1 milhões de pedidos até as 20h, segundo monitoramento da Neotrust, empresa especializada em dados de vendas virtuais. O volume é praticamente igual ao registrado até o mesmo horário no ano passado. O faturamento estava em R$ 4,3 bilhões, 6% acima do contabilizado no período em 2020.
O resultado preliminar, no entanto, não considera o efeito da inflação, que registra em 12 meses a maior alta desde o começo de 2016. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) aumentou 10,67% nos 12 meses encerrados em outubro. Considerando a inflação, o faturamento estava 4,2% menor.
Dentre as 14 categorias, a de alimentos e bebidas sofreu um aumento exponencial em relação a 2019: o número de pedidos cresceu quase 422% em dois anos. Em relação ao ano passado, o crescimento foi de 77% nessa categoria, o maior entre todas. Esses dados, também da Neotrust, foram contabilizados até as 16h desta sexta e comparados com o mesmo período de anos anteriores.
O setor que sofreu a queda mais brusca ante 2020 foi o de entretenimento, que caiu 33%.
Setores tradicionalmente fortes na data, como informática e telefonia, patinaram. O primeiro diminuiu 24% em relação a 2020, e o segundo aumentou 2%. O mesmo aconteceu com eletrodomésticos e ventilação, que amargou aumento de apenas 1% em comparação a dois anos atrás.
Segundo a Apas (Associação Paulista de Supermercados), os produtos mais procurados no varejo alimentar foram carnes, chocolates e bebidas alcoólicas. A expectativa é crescimento de 9,30% no setor de mercados em relação ao mesmo período de 2020.
Com informações do jornal Folha de S.Paulo