A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) iniciou uma operação nas primeiras horas desta quinta-feira (10/10) com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa focada no comércio ilegal de drogas. Os quatro suspeitos investigados na Operação Shadow forneciam cocaína e cannabis para servidores e empregados terceirizados do Supremo Tribunal Federal (STF). Os negócios realizados entre traficantes e usuários eram realizados através do WhatsApp.
A operação, sob a liderança da 5a Delegacia de Polícia (Área Central), é fruto de um ano de investigações, que revelaram quatro principais alvos envolvidos na distribuição e fornecimento de entorpecentes para funcionários e colaboradores de entidades públicas, incluindo o STF. A ação cumpre cinco mandados de busca e apreensão e quatro de prisão, nas regiões de Samambaia, Ceilândia e Águas Lindas (GO).
A investigação evidenciou a existência de uma rede bem organizada de distribuição de drogas que abrangia várias localidades e utilizava recursos como grupos de WhatsApp e transferências financeiras para facilitar o tráfico. A deflagração da operação contou com cerca de 50 policiais, inclusive equipes da Divisão de Operações Especiais (DOE) e apoio de cães farejadores.
A ação coordenada entre as unidades policiais visa interromper a continuidade do esquema criminoso e fortalecer as investigações em andamento. O nome da operação, Shadow, foi escolhido em referência à maneira como os criminosos agiam nas “sombras”, ocultando suas atividades ilícitas e buscando evitar a atenção das autoridades.
O primeiro alvo é um homem, de 34 anos, morador de Samambaia. O traficante atuava como intermediário na logística de distribuição de entorpecentes. Já foi envolvido em casos de lesão corporal, desobediência e violência doméstica.
O segundo criminoso possui histórico criminal desde 2009, com passagens por porte de substância entorpecente para consumo pessoal e tráfico de drogas. Ele atuava como um dos principais fornecedores de drogas da organização.
O terceiro integrante da organização criminosa, de 23 anos, vive em Águas Lindas e utilizava múltiplos endereços para despistar a polícia. Também tem registro por porte de entorpecentes. O último traficante, de 36 anos, mora em Ceilândia. Ele estava em prisão domiciliar e continuava a colaborar com a organização.