Na quinta-feira (18/4), a Organização Mundial de Saúde (OMS) manifestou “grande preocupação” com o facto de a estirpe H5N1 da gripe das aves se estar a propagar a novas espécies, incluindo os seres humanos. Jeremy Farrar, cientista-chefe da agência de saúde da ONU, afirmou que “isto continua a ser uma grande preocupação”.
Segundo Farrar, o vírus H5N1 tem uma taxa de mortalidade muito elevada nas pessoas infectadas através do contato com animais infectados e receia-se que possa adaptar-se para se poder transmitir entre humanos. No entanto, até à data, não há provas de tal contaminação.
Entre o início de 2023 e 1 de abril de 2024, a OMS anunciou que foram registados 889 casos de gripe aviária em 23 países. No entanto, até à data, os casos de infeção humana têm sido raros.
Para os cientistas das agências de saúde das Nações Unidas, os sistemas de vigilância e de deteção de infecções não podem ser subestimados. No entanto, salientou que o caso dos EUA ocorreu no país mais rico do mundo, onde estão a ser realizados estudos sorológicos sistemáticos para determinar se a transmissão está a ocorrer entre os criadores de gado.
No Camboja, uma criança de nove anos infectada com a estirpe H5N1 morreu de gripe aviária em fevereiro. No caso dos EUA, as autoridades de saúde locais informaram que o único sintoma do doente era a vermelhidão dos olhos, como acontece com a conjuntivite, sublinhando que se tratava de um caso isolado e que foi tratado com medicamentos antivirais contra a gripe.