A Disney+, que recentemente anunciou a proibição do compartilhamento de senhas entre seus usuários, já divulgou a data para iniciar essa prática no Brasil. O serviço de streaming já iniciou a distribuição de notificações por e-mail informando que começará a limitar o uso do serviço a partir do dia 12 de novembro deste ano.
A companhia declara que os avisos começaram a ser enviados para indivíduos que utilizam a mesma conta, porém não residem na mesma casa. Contudo, ela não especificou como vai lidar com a eventual restrição de acesso, nem se vai proporcionar aos clientes a chance de pagar um pouco mais para continuarem a utilizar a plataforma.
A decisão da companhia de impedir a partilha de contas é um eco da medida semelhante que a Netflix implementou há alguns meses, que acabou por ser bem-sucedida para a companhia. Depois de restringir o acesso ao seu catálogo em diversas residências, a empresa observou um crescimento expressivo em sua base de assinantes.
A Disney+ iniciou o bloqueio do compartilhamento de senhas em outubro de 2018, inicialmente afetando os Estados Unidos, Canadá, Costa Rica, Europa e Ásia. Nestes, a empresa disponibiliza a opção de pagar US$ 6,99 mensais (R$ 37,90) extras para cada conta adicional vinculada a uma assinatura ativa.
Além disso, ela começou a trabalhar com um sistema de códigos de acesso rápido para quem deseja acessar sua conta pessoal quando estiver fora de casa. Com isso, ela acabou criando uma burocracia a mais para quem já está pagando pelo serviço, cujos valores no Brasil sofreram um reajuste recente.
Apesar de o bloqueio de contas dever pegar muitos usuários de surpresa, ele já é previsto no contrato de serviço com o qual o Disney+ vem trabalhando. Ele prevê que as contas só podem ser compartilhadas entre os dispositivos que estão conectados à mesma rede dentro de uma residência pessoal.
Além da Disney+, outras plataformas famosas do mundo do streaming também devem trazer em breve soluções para evitar o compartilhamento de senhas. Em março deste ano, a Warner Bros. Discovery confirmou que já estava trabalhando em uma solução do tipo, que deve começar a funcionar de forma ampla em 2025.
Embora a Amazon Prime Video não tenha anunciado que vai seguir um caminho semelhante, não seria surpreendente caso ela tome o mesmo caminho no futuro. O mesmo também pode acontecer com plataformas mais focadas em nichos, como o Crunchyroll, embora nenhuma ação nesse sentido tenha sido feita até o momento.